Antônio de Alcântara Machado

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Edifício São Vito

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Manifestação durante a Revolta da Vacina

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Charge crítica à vacinação obrigatória

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Charge retratando a revolta da vacina

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Cortiço - Rio de Janeiro 1906.Visc. do Rio Branco. Glória

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João do Rio

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Aluísio Azevedo

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eric Hobsbawn - A Era do Capital (1848-1875)

A trilogia de Hobsbawn constitui um dos marcos do pensamento marxista europeu e se tornou fundamntal em qualquer estante de Ciências Sociais. A trilogia se inicia com o antológico "A era das revoluções", circunscrevendo o período inicial de transformações que definirá a superação definitiva do antigo regime monárquico absolutista, da economia feudal e do modelo de estratificação social estamental. O texto tem início com a Revolução Francesa e termina com a eclosão da chamada Primavera dos Povos, de 1848. O segundo livro da trilogia é "A era do capital", que tem início com a derrocada do movimento socialista internacionalista originado em 1848 que, para o autor, foi a primeira e única Revolução socialista na história da humanidade. Seu caráter internacional e popular a distingue dos demais movimentos chamados de revolucionários de caráter socialista que se fizeram em um só país e coordenados por elites intelectuais e partidárias dos países periféricos. A primavera dos Povos, foi a primeira e última Revolução socialista de perfil internacionalista que ocorreu nos países centrais capitalistas. A derrota dos socialistas, entretanto, levou a uma regressão significativa do movimento revolucionário e, como consequência, inaugurou a absoluta hegemonia burguesa, terminando o período de transição inaugurado com as revoluções do século XVIII. À era do capital seguiria a "Era dos Impérios", marcando o fim da pax britânica no século XIX e do capitalismo concorrencial, dando ensejo ao surgimento do capital monopolista e dos impérios, em face do início de um período de conflitos internacionais entre as grandes potências europeias incitado pela entrada de duas novas nações na disputa pelos mercados e colônias, a Alemanha e a Itália unificadas. Os conflitos regionais, inaugurados com a guerra franco-prussina, com a guerra da Tunísia e do Marrocos, se expande até o conflito aparentemente derradeiro iniciado em 1914, a I Guerra Mundial. Escrito muitos anos depois de lançada a trilogia antológica, Hobsbawn publicou ainda um quarto livro, "A era dos extremos", focalizando a bipolaridade do século XX inaugurada em função das decorrências hegemônicas dos pós-guerras. Este livro poderia, sem prejuízo, ser colocado ao lado dos demais, como se compusesse o mesmo projeto de definição dos marcos históricos, políticos, sociais e econômicos da Europa desde o século XVIII.
Em "A era do capital" há um capítulo que compõe, juntamente com seu livro "trabalhadores", um panorama ilustrativo da vida nos bairros operários e nas cidades industriais européias em face das consequências da Revolução Industrial: "A cidade, a indústria, a classe trabalhadora", e ainda o capítulo seguinte, que compõe uma unidade, "O mundo burguês". Esses capítulos do texto de Hobsbawn podem ajudar na contextualização histórica dos temas tratados por Benjamin e Engels sobre as cidades industriais e sobre a vida dos trabalhadores e da burguesia no século XIX.
Aí vai a referência completa:

Hobsbawn, Eric. A era do capital(1848-1975). Paz e Terra: São Paulo, 13ª ed.,[1977]2007.

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